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Boletim
do IEA/USP — nº 77 1 ª quinzena de maio de 2006 |
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No dia 8 de maio, às 10h, Luiz Alberto Figueiredo Machado, diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores, fará a conferência "O Futuro do Regime Internacional de Mudança de Clima". Luiz Gylvan Meira Filho, professor visitante do IEA, será um dos debatedores. Machado discutirá o estado da arte nas negociações internacionais sobre mudança de clima e os novos cenários de diálogo no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Diplomata de carreira, Machado ocupou diversas funções em que tratou de temas da agenda multilateral, tais como desarmamento, direito do mar, Antártida, espaço exterior, saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Serviu nas representações brasileiras em Nova York (ONU), Santiago, Washington, Ottawa e Paris (Unesco). Na função atual, é o principal negociador do governo brasileiro sobre temas ambientais, espaciais e relativos aos oceanos. Serviu também como professor assistente de direito constitucional do Instituto Rio Branco. Local: Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, térreo, Cidade Universitária, São Paulo (mapa). Internet: transmissão ao vivo em www.iea.usp.br/aovivo. Informações: com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), telefone 3091-1685.
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Acontece no dia 15 de maio, às 9h, na Sala do Conselho Universitário da USP, o lançamento do livro "Ensino Superior: Conceito e Dinâmica". A obra é o resultado do Ciclo de Seminários "Os Desafios do Ensino Superior no Brasil", realizado pelo IEA de novembro de 2004 a abril de 2005. O livro reúne artigos de 18 participantes do ciclo. Ele eles estão Simon Schwartzman, Antonio Candido, Cláudio Moura e Castro, Franklin Leopoldo e Silva, Carlos Henrique Brito Cruz, Eunice Durham e Francisco César de Sá Barreto. Os temas tratados incluem: pesquisa, governança, autonomia, pós-graduação, ensino de massa, financiamento, avaliação e diversidade institucional. O livro tem 360 páginas e é uma co-edição IEA e Edusp, com apoio da Fapesp. Em seguida ao lançamento haverá a conferência do senador Cristovam Buarque sobre "A Pós-Universidade" (leia sobre a conferência de Buarque na edição anterior deste boletim). Local: Sala do Conselho Universitário, Rua da Reitoria, 109, Cidade Universitária, São Paulo. Internet: transmissão ao vivo em www.iea.usp.br/aovivo. Informações: com Sandra Sedini (sedini@usp.br), telefone (11) 3091-1684.
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Hoje sabemos que o termo "doenças tropicais ou exóticas" está impregnado de preconceito e de uma concepção pernóstica, herança da mentalidade européia, que julgava os povos dominados sob um crivo faccioso e superficial.
A população nativa gozava de saúde e, quando acontecia de adoecer, tinha conhecimento das plantas e dos remédios para seus males. Mas a febre chegou, e aportaram, também, a cólera, a varíola e outras doenças de branco. Os aspectos ambientais e socioeconômicos exercem grande influência no surgimento e propagação de doenças, inclusive modificando suas manifestações e tornando a cura ainda mais resistente aos medicamentos. A malária mostra-se ainda mais agressiva nos garimpos, onde as péssimas condições de vida e o trabalho pesado levam os homens a viverem em permanente estado de risco, padecendo também com outras doenças como a leishmaniose, a hanseníase e as DSTs. E, como o garimpo é uma atividade nômade, quando não há mais o que se explorar, os garimpeiros partem para outros locais, deixando para trás o meio ambiente degradado e levando consigo todas as enfermidades adquiridas. Ainda dentro do espírito ganancioso que deseja, a todo custo, demarcar territórios e sobre eles impor seu domínio, temos o patético desfecho da ferrovia Madeira-Mamoré, tão bem esmiuçado por Francisco Foot Hardman no livro "Trem-Fantasma: a Ferrovia Madeira-Mamoré e a Modernidade na Selva" , empreendimento que abateu vidas de milhares de trabalhadores em troca de um lucro que nunca veio. Vários outros projetos na Amazônia (garimpos, exploração mineral, hidrelétricas, rodovias, madeireiras...) causaram devastação na natureza e desestabilizaram as populações locais, levando pobreza, doença, mínimas expectativas de sobrevivência (apenas sobrevida). Com a derrubada das florestas há um significativo impacto sobre a emissão de gás carbônico, o que ocasiona mudanças climáticas e afeta substancialmente a vida da população, com destaque para a incidência de doenças transmissíveis por mosquitos e outros vetores (malária e febre amarela, por exemplo), secas, tempestades tropicais, desertificação e inundações. A poluição das águas aumenta as chances de contaminação por doenças de veiculação hídrica. Além disso, a ocupação feita de modo inadequado às margens de rios dá início a processos de erosão, os quais alteram o regime das águas e geram áreas alagadas, que agravam ainda mais as condições socioambientais. Mas novos conhecimentos trazem boas notícias: trabalhos recentes como o estudo da Fiocruz sobre o Índice de Vulnerabilidade Geral (IVG), patrocinado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, sinalizam um avanço para o diagnóstico das influências climáticas associadas às doenças que atingem a população. Com este indicativo geral, será possível apontar as suscetibilidades de cada região, identificando as populações e as áreas de risco. Uma outra pesquisa, financiada pelo CNPq e também pelo MCT, consiste no mapeamento dos genes do transmissor da malária, realizado pela Rede Genoma Brasileiro. Com a análise do seqüenciamento do genoma, poderemos pensar na criação de um anofelino geneticamente modificado, que será cruzado com espécies naturais, dando origem a uma geração artificial de insetos. Desse modo, a picada não mais transmitirá o protozoário da malária, o que irá representar uma melhora expressiva na qualidade de vida da população, principalmente a da Amazônia. Trechos de exposição feita no colóquio "Tristes Trópicos ou Terras de Boa Esperança? Obstáculos ou Vantagens Comparativas para o Desenvolvimento da Civilização da Biomassa?", no dia 6 de abril. A íntegra da exposição está em www.iea.usp.br/biomassa. A gravação em vídeo do colóquio está em www.iea.usp.br/online/midiateca. Marcus Barros é médico, especializado em medicina tropical, presidente do Ibama e pesquisador da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e reitor da Universidade Federal do Amazonas.
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MAIO • Dia 8, 10h — O Futuro do Regime Internacional de Mudança de Clima, conferência de Luiz Alberto Figueiredo Machado, diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores. • Dia 8, 17h30 — Lançamento do nº 56 da revista "Estudos Avançados, com palestra de Dom Luiz Cappio, bispo de Barra (BA). • Dia 15, 9h — A Pós-Universidade, conferência de Cristovam Buarque, senador (PDT-DF). Na ocasião será lançado o livro Ensino Superior: Conceito & Dinâmica, co-editado por IEA e Edusp, com apoio da Fapesp. • Dia 24, 15h — Brasil e China: Oportunidades e Riscos, painel com participação de Amaury Porto de Oliveira, ex-embaixador do Brasil em Cingapura, Charles Tang, da Câmara de Comércio Brasil-China, Cláudia Trevisan, jornalista da "Folha de S.Paulo", Maria Thereza Leme Fleury, diretora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP; coordenação de Lenina Pomeranz, pesquisadora visitante do IEA. • Dia 31, 14h — As Publicações Científicas na Era do Acesso Livre, painel com participação, entre outros, de Abel Packer, diretor da Bireme, Rogério Meneghini, coordenador do Programa SciELO junto à Fapesp, Emir Suaiden, presidente do Ibict, Lewis Joel Greene, editor do "Brazilian Journal of Medical and Biological Research", Herton Escobar, jornalista de "O Estado de S.Paulo", João Steiner, diretor do IEA, Alfredo Bosi, vice-diretor do IEA e editor da revista "Estudos Avançados". JUNHO • Dia 1º, 15h — O Brasil ante o Século 21, conferência de Hélio Jaguaribe, do Instituto de Estudos Políticos e Sociais. • Dia 28, 10h — A Arte de Esquecer, conferência de Iván Izquierdo, do Centro de Memória do Instituto de Pesquisas Biomédicas da PUC-RS. Local: Os eventos sem local de realização especificado acima acontecem no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, térreo, Edifício da Antiga Reitoria, Cidade Universitária, São Paulo (mapa). Online: Todos os eventos terão transmissão pela Internet.
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Notas |
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Nova edição do livro sobre águas doces A terceira edição do livro "Águas Doces no Brasil: Capital Ecológico, Uso e Conservação" foi lançada na última semana de abril. A primeira edição foi publicada em 1999, numa co-edição IEA e Escrituras Editora, com apoio do CNPq e da Academia Brasileira de Ciências. Em 2002, a Escrituras Editoras publicou a segunda edição, revista e ampliada, e agora lançou nova edição atualizada. Os organizadores e coordenadores científicos da obra são Aldo Rebouças (que receberá o título de professor emérito do Instituto de Geociências da USP no dia 4 de maio), Benedito Braga e José Galizia Tundisi. O livro tem 750 páginas e custa R$ 98,00. Mais informações: www.escrituras.com.br, telefone (11) 5082-4190.
John Kenneth Galbraith (1908-2006)
O economista, professor e diplomata John Kenneth Galbraith morreu sábado, 29 de abril, em Cambridge, Massachusetts, EUA, aos 97 anos. Nascido no Canadá, Galbraith se naturalizou norte-americano e em 1948 se tornou professor da Universidade Harvard, onde se aposentou em 1975. Escreveu 33 livros. Defensor de forte atuação do Estado na promoção do bem estar social e na redistribuição da riqueza, Galbraith foi conselheiro de vários governos democratas dos EUA. No IEA, em 27 de novembro de 1986, proferiu a conferência Controle de Armamentos e Poder Militar, publicada em 1988 na revista "Estudos Avançados". O vídeo da conferência pode ser assistido na Midiateca Online do Instituto (www.iea.usp.br/online/midiateca).
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