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17 de dezembro de 2012
TRANSFORMAÇÃO
INSTITUCIONAL
O IEA em 2012 e as perspectivas
para o próximo biênio

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Reforçar o papel do IEA como centro de referência de estudos avançados bem como uma plataforma de crítica institucional e assim, instância estratégica de debate sobre os rumos da USP, é a principal meta da atual gestão, afirmou o diretor do Instituto Martin Grossmann na apresentação que fez aos participantes do workshop interno IEA: Presente e Futuro, realizado no dia 12 de dezembro.

O evento reuniu os coordenadores dos grupos de pesquisa, representantes dos Polos de São Carlos e Ribeirão Preto e funcionários do IEA e teve dois momentos. Na parte da manhã, o diretor fez um relato sobre o que foi realizado em 2012 para consolidar o Projeto de Gestão 2012-2017 e as perspectiva para o futuro. À tarde, os coordenadores fizeram um balanço das atividades promovidas durante o ano e apresentaram as metas e o planejamento para o próximo biênio.

Presente
Ganharam destaque no relato do diretor três realizações do IEA em 2012: a melhoria da infraestrutura de comunicação e informação do instituto, o estreitamento das relações com as instâncias decisórias da USP e o encaminhamento da articulação das metacuradorias.

Em relação à melhoria da infraestrutura, ele apontou o novo site do instituto – a ser inaugurado em janeiro de 2013 – como um dos maiores êxitos deste ano. Baseado na gestão descentralizada de conteúdo, o site é, segundo o diretor, mais compatível com o lugar estratégico e vanguardista que o IEA deseja ocupar. "Da maneira como estamos representados hoje na internet, não nos apresentamos como o centro de referência que somos", afirmou.

Além do site, Grossmann chamou atenção para mais dois avanços: a aquisição de novos equipamentos e a conexão do IEA com a internet 2, em implantação. Com esse novo acesso à rede, a velocidade de conexão aumentará consideravelmente, permitindo a transmissão de imagem e som de alta qualidade, fornecendo novos horizontes tecnológicos na realização de encontros graças à utilização de telepresença. Esse sistema permite um aperfeiçoamento da videoconferência e possui, entre outros atributos, a capacidade de simular a presença real de participantes remotos.

O diretor também ressaltou a importância das reuniões que realizou com os representantes das instâncias decisórias da universidade, como Reitoria, Pró-Reitorias, Vice-Reitorias Executivas e Superintendências, a fim de apresentar o novo projeto de gestão e as demandas do IEA. De acordo com ele, nos encontros foi possível "reforçar que IEA não é independente, mas autônomo e diferente dos outros institutos e organismos de integração da universidade".

Para finalizar a avaliação, falou sobre o processo de estruturação das metacuradorias, eixos que organizam as atividades de pesquisa do IEA em torno de quatro grandes temas (Abstração, O Comum, Transformação e Glocal), sob a coordenação coletiva de um grupo interdisciplinar de pesquisadores.

A metacuradoria com organização mais adiantada é a Abstração, que já dispõe de quatro curadores: o professor Mahir Saleh Hussein, do Instituto de Física da USP e coordenador do Grupo de Pesquisa de Astrofísica Nuclear Não Convencional do IEA, e três professores de unidades da USP em São Carlos: Hamilton Brandão Varela de Albuquerque, do Instituto de Química; David Moreno Sperling, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo; e Washington Luiz Marar, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação.

Futuro
No workshop foram apresentados dois novos formatos para o desenvolvimento de pesquisas no IEA a partir de 2013: grupos de estudo e laboratórios. Os grupos de estudo, mais flexíveis que os de pesquisa, acolherão projetos embrionários e empíricos de caráter interdisciplinar e poderão ser compostos por alunos, membros da sociedade civil e professores em início de carreira ou com vasta experiência no campo da pesquisa. Os laboratórios, também interdisciplinares, serão voltados para o debate de questões institucionais vinculadas ao projeto de gestão ou a temas pontuais de interesse do Instituto e da Universidade.

O diretor também mencionou que, a partir do ano que vem, o IEA poderá contar com a colaboração de um designer residente, que ficará responsável não só pela identidade visual do instituto e suas aplicações, mas por discutir questões vinculadas ao design na contemporaneidade; e de um especialista em memória institucional, que ficará encarregado de recuperar o passado e de organizar as informações relacionadas ao presente e ao futuro.

Ainda sobre projetos para o futuro, apresentou duas propostas (a serem discutidas com a Administração Central) para o enriquecimento do quadro de colaboradores do IEA. Uma delas é a adoção de uma resolução que possibilite ao IEA selecionar e contratar professores visitantes brasileiros e estrangeiros, o que daria mais autonomia ao Instituto na questão e atenderia às peculiaridades dos trabalhos que desenvolve.

A outra proposta é a criação de um programa de ano sabático para professores da USP, que permaneceriam de seis meses a um ano no IEA para articular um projeto de pesquisa, escrever um livro ou outra atividade interdisciplinar relacionada à sua área de trabalho.

Para finalizar as informações sobre as metas para 2013/2014, o diretor disse que há a perspectiva de o IEA contribuir na formulação de um programa de pós-graduação sobre a Amazônia.

Internacionalização
Teve destaque no relato o papel do IEA no Comitê de Coordenação da Ubias, rede internacional de institutos de estudos avançados vinculados a universidades. Em 2013, além de participar do próximo encontro de diretores dos institutos integrantes da rede, a ser realizado em Jerusalém (Israel), o IEA contribuirá na organização temática da conferência internacional sobre conhecimento que a Ubias promoverá em Vancouver (Canadá).

Em 2014, o IEA e seu congênere da Universidade de Nagoya (Japão) organizarão o projeto-piloto da Academia Intercontinental da Ubias. Esse projeto reunirá 15 jovens pesquisadores de destaque num trabalho conjunto sob a supervisão de três cientistas de renome internacional. O grupo trabalhará durante um mês em São Paulo e depois por igual período em Nagoya.

Grupos e revista
Os relatos da diretoria, dos coordenadores dos grupos de pesquisa e dos representantes dos Polos demonstraram a intensa atividade do Instituto em 2012.

O IEA realizou 83 eventos públicos este ano, 65 por iniciativa dos grupos e 19 promovidos pela direção. Parte deles foi organizada em parceria com outras unidades da USP e instituições externas. Os Polos São Carlos e Ribeirão Preto, por sua vez, realizaram 24 e 19 eventos públicos, respectivamente.

Além disso, houve o lançamento de dois livros e de um e-book produzidos por pesquisadores vinculados ao IEA e a vinda de um professor visitante, cuja estada no Instituto resultou na organização de um ciclo de dois seminários e uma mesa-redonda.

Somam-se a isso as três edições da revista "Estudos Avançados", que comemorou em dezembro 25 anos de existência ininterrupta e deve atingir em breve a marca de 20 milhões de acessos a seus artigos na SciELO. Os dossiês das edições 74, 75 e 76 foram, respectivamente: "Sustentabilidade"; "Novo Desenvolvimentismo" e "Sociologia da Esperança"; e "Tradução Literária".

A expectativa é que números relativos à produção do Instituto aumentem consideravelmente em 2013. Vários eventos nacionais e internacionais já estão planejados. Há também a previsão de lançamento de quatro livros pelos grupos de pesquisa e da vinda de professores visitantes de diversos países ao longo de todo o ano.

Ainda no âmbito das publicações, além das três edições de 2013 da revista "Estudos Avançados" e dos quatro livros dos grupos de pesquisa, é certo que o novo site do Instituto abrigará um número maior de textos, inclusive outros conteúdos produzidos ao longo da trajetória do IEA e que serão recuperados.

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