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Boletim
quinzenal do IEA/USP — nº 71 1ª quinzena de dezembro
de 2005 |
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Nota |
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Eduardo Krieger, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), abre a programação de eventos públicos do IEA em 2006 com a conferência "Perspectivas da Ciência e Tecnologia no Brasil", dia 8 de março, às 15h. (Haverá transmissão pela Internet.) Para Krieger, houve um avanço significativo nas últimas décadas na produção científica e na formação de novos pesquisadores, consolidando-se a base científica indispensável para que o conhecimento seja efetivamente transformado em desenvolvimento do País. Segundo ele, a produção científica tem crescido a uma taxa média de 8% ao ano e o Brasil aparece bem cotado como destino de investimentos de transnacionais em pesquisa e desenvolvimento. Ele considera que é o momento de governo, academia e empresas se unirem para que o País utilize esses recursos de forma a transferir o conhecimento ao setor produtivo, de forma a aumentar a riqueza e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Livre docente pela Universidade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, onde se aposentou em 1985, especialista em regulações da pressão arterial e hipertensão arterial, Krieger é presidente da ABC desde 1993. Desde os anos 60 participa de iniciativas e instituições dedicadas ao desenvolvimento da universidade e da ciência no País. Colaborou com a reforma da USP em 1968-1969, trabalhou em comissões do CNPq, Capes e Fapesp, foi presidente da Sociedade Brasileira de Fisiologia, primeiro presidente da Federação das Sociedades de Biologia Experimental e primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão. É um dos três editores que fundaram e dirigem o "Brazilian Journal of Medical and Biological Research". Há vinte anos trabalha com hipertensão no Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP, onde dirige uma equipe multidisciplinar. Mais: o evento acontece no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, térreo, Edifício da Antiga Reitoria, Cidade Universitária, São Paulo (mapa); informações: com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), telefone (11) 3091-1696.
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indústria |
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Há fortes indícios de uma nova competitividade da indústria brasileira, a maioria deles relacionados com a ênfase empresarial cada vez maior na inovação tecnológica. O sociólogo Glauco Arbix, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e professor do Departamento de Sociologia da FFLCH/USP, tratará desses indícios na conferência "Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Industrial", dia 17 de março, às 10h. (Haverá transmissão pela Internet.) Segundo Arbix, um dos indícios relevantes é o fato de a inovação e a diferenciação de produtos fazerem parte das estratégias competitivas de um conjunto de empresas que representa 25,9% do faturamento da indústria brasileira. Além disso, de acordo com pesquisa do Ipea, 23,1% das empresas que inovam e diferenciam produtos e 13,2% daquelas especializadas em produtos padronizados realizaram inovação para se adequar a normas e padrões internacionais. A pesquisa também aponta que as empresas que realizam inovação tecnológica possuem 16% mais chances de se tornarem exportadoras. Para mais informações sobre o tema que será abordado na conferência, leia os arquivos: . A Nova Competitividade da Indústria e o Novo Empresariado: Uma Hipótese de Trabalho, de Glauco Arbix e João Alberto De Negri, apresentado em seminário no Cebrap em maio de 2005; . Inovações, Padrões Tecnológicos e Desempenho das Firmas Industriais Brasileiras, apresentação exibida por Glauco Arbix durante conferência no XVII Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos em maio de 2005; . Inovação, via Internacionalização, Faz bem para as Exportações Brasileiras, de Glauco Arbix, Mario Sergio Salerno e João Alberto De Negri, apresentado no XVI Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos em maio de 2004. Presidente do Ipea desde o início de 2003 e professor do FFLCH/USP desde 1998, Arbix foi professor da Unicamp e da Fundação Getúlio Vargas. Possui pós-doutorado na London School of Economics, Reino Unido, e foi pesquisador visitante no Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA, em 1999, e na School of Industrial and Labor Relations na Cornell University, EUA, em 1996. Entre suas áreas de interesse estão: inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas brasileiras; trabalho e reestruturação produtiva; política industrial; e desenvolvimento regional e políticas públicas. Mais: o evento acontece no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, térreo, Edifício da Antiga Reitoria, Cidade Universitária, São Paulo (mapa); informações: com Cláudia Regina (clauregi@usp.br), telefone (11) 3091-1666.
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genômica |
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Criada no final de 2000 pela Fapesp, a Rede de Diversidade Genética de Vírus (VGDN, na sigla em inglês) está entrando na fase de consolidação de resultados e redação de artigos sobre as pesquisas realizadas. Para falar dos trabalhos desenvolvidos nestes cinco anos do projeto, Paolo Zanotto, professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e um dos coordenadores gerais da VGDN, fará no dia 22 de março, às 15h, a conferência "O Estudo da Diversidade Genética de Vírus no Estado de São Paulo". (Haverá transmissão pela Internet.) A VGDN foi criada para o estudo da distribuição e variabilidade genética de quatro vírus: o HIV-1, tipo de vírus da Aids mais comum no Brasil; o HCV, agente causador da hepatite C; o hantavírus, que provoca uma intensa síndrome pulmonar; e o VRS (vírus respiratório sincicial), responsável por infecções nas vias respiratórias, especialmente em crianças. Esse estudo inclui a compreensão sobre a presença mais arraigada de determinadas variedades em certos locais e a incidência por estratificação socioeconômica da população. Para fazer o trabalho, a rede conta com 25 laboratórios distribuídos pelo Estado.
Segundo Zanotto, o trabalho desenvolvido pela VGDN está sendo ampliado para a o vírus da hepatite B e poderá contribuir significativamente em futuros projetos, como aqueles ligados às infecções virais relevantes para a agropecuária e até mesmo para a estruturação de um projeto de biodefesa nacional. Ele ressalta a importância desse trabalho diante do fato de que 50% das doenças emergentes (detectadas recentemente) em humanos e animais são de origem viral, com o restante sendo causado por bactérias, fungos e outros tipos de parasitas. O desenvolvimento da VGDN propiciou outros resultados simultâneos às pesquisas sobre os quatro vírus iniciais. Em 2003, a rede teve participação fundamental no projeto - também coordenado por Zanotto - que concluiu o primeiro seqüenciamento genético de um vírus na América Latina, do vírus Baculovirus anticarsia, utilizado no controle biológico da lagarta da soja. Convém lembrar ainda uma contribuição fundamental da rede: graças à sua implantação, foi criado em 2003 o primeiro Laboratório Nível de Biossegurança 3+ (NB3+) no Brasil, no ICB/USP, essencial para as pesquisas com vírus extremamente letais ao ser humano. Esse laboratório foi o primeiro de uma rede de 11 deles instalados no Estado (quatro NB3+ e sete NB3) e serviu como modelo para outros 12 construídos no resto do País. Na busca de um entendimento cada vez mais avançado sobre o que são exatamente os vírus e como agem nos organismos, Zanotto estará em janeiro no Santa Fe Institute, no Novo México, EUA: "Um grupo de pesquisadores estará estudando os vírus como sistemas complexos. A concepção é de que eles funcionem como uma malha que transpassa organismos disseminando e incorporando material genético". Professor do ICB/USP desde 2000, Zanotto é doutor em virologia pela Universidade de Oxford, Reino Unido. Graduou-se em biologia pela USP, especializou-se em virologia de insetos na Universidade Agrícola de Wageninguen, Holanda, e fez o mestrado em virologia molecular na Universidade da Flórida, EUA. Foi professor da Unifesp de 1997 a 2000 e pesquisador da Embrapa no biênio 1986/87. Suas linhas de pesquisa são: biologia molecular de baculovírus, cultura de tecidos de insetos, genética e evolução viral, genética quantitativa de HIV e biologia molecular de HIV. É co-autor de 35 artigos em periódicos especializados e de cinco capítulos de livros na área de virologia. Mais: o evento acontece no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, térreo, Edifício da Antiga Reitoria, Cidade Universitária, São Paulo (mapa); informações: Sandra Codo (sancodo@usp.br), telefone 3091-1694.
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agenda |
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DEZEMBRO/2005 • Dia 22, 10h — Lançamento do nº 55 da revista Estudos Avançados, que contém o dossiê "América Latina" MARÇO/2006 • Dia 8, 15h — Perspectivas da Ciência e Tecnologia no Brasil, conferência de Eduardo Krieger, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Com transmissão pela Internet. • Dia 17, 10h — Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Industrial, conferência de Glauco Arbix, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com transmissão pela Internet. • Dia 22, 15h — O Estudo da Diversidade Genética de Vírus no Estado de São Paulo, conferência de Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e um dos coordenadores gerais da Rede de Diversidade Genética de Vírus da Fapesp. Com transmissão pela Internet. LOCAL: todos os eventos acontecem no Auditório Alberto Carvalho da Silva, IEA, Edifício da Antiga Reitoria, Cidade Universitária, São Paulo, SP (mapa).
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Nota |
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Livro sobre ensino superior será lançado em março
O livro "Ensino Superior: Conceito & Dinâmica", co-edição IEA e Edusp, com apoio da Fapesp, será lançado em março. A obra reúne as participações de 18 pesquisadores na Temática Semestral Os Desafios do Ensino Superior no Brasil, realizada de novembro de 2004 a abril de 2005. O livro é composto dos seguintes textos: . Prefácio — João Steiner e Gerhard Malnic
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UNIVERSIDADE
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