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Boletim
quinzenal do IEA/USP — nº 64 16 a 31 de agosto
de 2005 |
futuro clima saúde agenda |
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NOTA |
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LEMBRETE |
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futuro |
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Os cenários futuros e metas estratégicas para o País nas áreas de "Conhecimento" e "Meio Ambiente" serão analisados em dois seminários no dia 1º de setembro, quinta-feira, das 9 às 18h, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. Os encontros encerram o ciclo de seminários que inaugurou o Programa Brasil: O País no Futuro — 2022, atividade que dá continuidade — agora de forma autônoma e sob total responsabilidade do Instituto — aos trabalhos desenvolvidos pelo IEA no Projeto Brasil 3 Tempos, do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República. O seminário sobre "Conhecimento" terá exposição de João Steiner, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP e diretor do IEA. Enéas Salati, da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), será o expositor do seminário sobre "Meio Ambiente". Cada seminário terá três debatedores. Os dois serão precedidos de apresentação de James Wright, da FEA/USP e coordenador metodológico da equipe do IEA, sobre a metodologia empregada na participação do Instituto no Projeto Brasil 3 Tempos. PROGRAMAÇÃO . 9 às 13h . 14 às 18h LOCAL
TEXTOS COORDENAÇÃO
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clima |
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O economista australiano Warwick McKibbin fará no dia 27 de setembro, às 15h, no IEA, a conferência "Sensible Climate Policy" (o evento será em inglês). A conferência terá como ponto central o problema-chave sobre mudança climática que os responsáveis pela definição de políticas globais precisam enfrentar: como lidar com as incertezas que permeiam todos os aspectos da mudança climática num horizonte de longo prazo.
Essas incertezas serão sumarizadas na conferência, que destacará os requisitos para uma resposta nacional e global sustentável e realista à questão. McKibbin tratará também dos problemas relacionados com o tipo de abordagem do Protocolo de Kyoto para a definição de metas e cronogramas e apresentará uma abordagem alternativa, baseada na criação de instituições de longa duração, destinadas a administrar riscos e providenciar incentivos claros para a mitigação das emissões de carbono ao longo do tempo, com limites para custos econômicos no curto prazo. Embora planejada como parte de uma resposta com coordenação global, essa abordagem é formulada para implantação em países isoladamente, tendo por base a realidade institucional de cada um, segundo McKibbin: "A partir de uma estrutura comum, permite contribuições diferenciadas para economias industrializadas e em desenvolvimento. Os países poderiam adotar essa abordagem unilateralmente enquanto utilizam muito do que foi obtido na negociação do Protocolo de Kyoto e direcionam os passos seguintes para a adoção de uma política climática adequada". McKibbin é diretor do Centro de Análise Macroeconômica Aplicada e professor de economia internacional da Universidade Nacional Australiana. É também pesquisador do Instituto Lowy de Política Internacional, em Sidney, Austrália, e da Instituição Brookings, em Washington, EUA. Mais: a conferência será baseada em paper de McKibbin publicado pelo Instituto Lowy de Política Internacional em fevereiro.
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saúde |
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Desenvolvimento de programas de educação nutricional nas escolas, capacitação de profissionais de saúde, coleta e consolidação dos dados sobre saúde e nutrição, levantamento das iniciativas de sucesso e definição de estratégias de comunicação foram algumas das propostas resultantes da oficina "Diagnóstico e Soluções dos Problemas Alimentares e Nutricionais no Brasil: Formando Parcerias", organizada pelo Grupo de Estudos de Nutrição e Pobreza do IEA no início de agosto. O encontro teve a participação de pesquisadores de várias universidades, representantes de ministérios e integrantes de organizações não-governamentais. Foi definido um conjunto de propostas prioritárias para a solução dos problemas nutricionais enfrentados pelo Brasil, caracterizados pela má nutrição e insegurança alimentar na infância e o aumento da incidência das doenças crônicas não-transmissíveis em adultos, especialmente nas população mais pobres. As propostas são: . integrar educação e saúde através do desenvolvimento de programas de educação nutricional na pré-escola, ensino fundamental e ensino médio; capacitação e educação nutricional para pessoal de nível técnico e superior, especialmente na área da saúde, e agentes comunitários, considerando-se hábitos alimentares e alimentos disponíveis de cada região; . estimular estudantes de graduação e pós-graduação a encontrar, nas suas áreas de atuação, caminhos para enfrentar a problemática alimentar e nutricional do País, procurando explorar o potencial do pensamento transdisciplinar; . viabilizar e divulgar mecanismos para a difusão de experiências de êxito na área de educação nutricional e desenvolver estratégias de comunicação direcionadas à mídia e a públicos específicos; valorizar projetos de educação em nutrição e saúde em rádios comunitárias; . realizar pesquisas para levantamento e consolidação das informações sobre saúde e nutrição disponíveis no Brasil, tais como os dados do IBGE, indicadores sociodemográficos e socioeconômicos etc.; desenvolver instrumentos de monitoramento da situação nutricional e alimentar no Brasil, especialmente na população de baixa renda; . dar continuidade aos encontros e à organização de eventos entre os integrantes da oficina; . formação de centros de referência em educação nutricional e promoção da alimentação saudável, com atenção especial às crianças desnutridas; . desenvolvimento de ações regionalizadas a partir da ação dos integrantes da oficina. No que se refere às preocupações educacionais e às estratégias de comunicação, foi proposto que essas questões sejam objeto de um fórum específico. Verificou-se também a necessidade de um fórum para mapeamento e conhecimento das muitas iniciativas desenvolvidas pelo governo e sociedade civil, sobretudo no que se refere à promoção da alimentação saudável. Sugeriu-se ainda que o governo, em parceria com universidades, realize encontros regionais e depois um encontro nacional sobre a temática da nutrição e alimentação. Destacou-se ainda a necessidade de aprofundamento do conhecimento de metodologias nos campos da psicologia, sociologia e antropologia para educação nutricional e mudanças de comportamento, áreas em que os profissionais da saúde têm pouco conhecimento. Outra iniciativa sugerida foi a criação de um prêmio, para a divulgação de experiências de sucesso e a articulação de atores. Como diretriz de trabalho, enfatizou-se que as ações devem privilegiar o início da vida, pois medidas para o combate à má alimentação nessa fase levam à melhoria da saúde em todo o ciclo de vida do indivíduo e são muito mais efetivas, de baixo custo e duradouras. Todavia, a educação nutricional deve ser considerada como um dos componentes do desenvolvimento comunitário, que exige técnicas diversas, ações multidisciplinares e conhecimento das estratégias de sobrevivência e da realidade da população de baixa renda. Destacou-se a ênfase que o grupo do IEA dá à criação de centros de referência como forma de integração e difusão de conhecimentos e também como meio para a realização de ações práticas. Um exemplo de ação do grupo é a solicitação para que o Ministério da Saúde implante portaria que institucionaliza o tratamento de crianças desnutridas em regime de hospital-dia.
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agenda |
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SETEMBRO • Dia 1º — Ciclo de Seminários do Programa Brasil: O País no Futuro — 2022: • Dia 13, 17h30 — Lançamento da edição nº 54 da revista "Estudos Avançados" — com palestra de Peter Mann de Toledo, do Museu Paraense Emílio Goeldi, sobre "As Estratégias para Evitar a Perda de Biodiversidade na Amazônia". • Dia 14, 10h — A Evolução do Regime Internacional de Mudança do Clima — conferência de Luiz Gylvan Meira Filho, professor visitante do IEA. • Dia 19, 14h — Domenico Scarlatti — O Som Italiano no MM58 da Universidade de Coimbra — conferência de José Maria Pedrosa Cardoso, diretor da Secção de Musicologia da Universidade de Coimbra. • Dia 23, 16h — Creating Global Commons for e-Science — conferência de Paul Uhlir, da Academia Nacional de Ciências dos EUA. • Dia 27, 15h — Sensible Climate Policy — conferência de Warwick McKibbin, da Universidade Nacional Australiana. OUTUBRO • Dia 10, 19h — Mesa-Redonda sobre Jacques Derrida — conferencista: Michel Lisse, da Universidade de Louvain, Bélgica; debatedores: Evando Nascimento, da Universidade Federal Fluminense, e Leyla Perrone-Moisés, coordenadora do Núcleo de Pesquisa Brasil-França (Nupebraf) e professora da Área de Língua e Literatura Francesa da FFLCH/USP. Durante o evento será lançada a obra coletiva "Pensar a Desconstrução (Colóquio Derrida — Rio 2004)" (Editora Estação Liberdade). O evento terá tradução simultânea e apoio do Serviço Cultural da Embaixada Francesa no Brasil. NOVEMBRO • Dia 7, 19h — Mesa-Redonda "Sartre e a Literatura", comemorativa do centenário de nascimento do escritor — conferêncista: Françoise Gaillard, da Universidade de Paris 8; debatedores: Glória Carneiro do Amaral e Leyla Perrone-Moisés, ambas do Nupebraf e da Área de Língua e Literatura Francesa da FFLCH/USP. O evento terá tradução simultânea e apoio do Serviço Cultural da Embaixada Francesa no Brasil. • Dias 6 a 10 — II Conferência Regional sobre Mudanças Globais: América do Sul — realização da Área de Ciências Ambientais do IEA. Mais: os eventos sem indicação de local acontecem no Auditório Alberto Carvalho da Silva, IEA, Cidade Universitária, São Paulo (mapa); informações adicionais: e-mail iea@usp.br ou telefones (11) 3091-3919 e 3091-4442.
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Nota |
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Paul Uhlir, diretor de Programas Internacionais de Informação em Ciência e Tecnologia da Academia Nacional de Ciências (NAS) dos EUA, estará no IEA no dia 23 de setembro, às 16, quando fará a conferência "Creating Global Commons for e-Science" (o evento será em inglês). Segundo Uhlir, com a revolução digital, novos paradigmas de criação e difusão do conhecimento estão emergindo na pesquisa baseada na colaboração distribuída, voluntária e aberta via redes digitais globais. "Os novos paradigmas estão tornando a produção e a exploração da informação científica mais rápidas, mais baratas e melhores, além de possibilitar a integração direta e imediata de pesquisadores e pesquisas dos países em desenvolvimento ao sistema de ciência global", comenta Uhlir, um reconhecido especialista em direitos de propriedade intelectual em informação digital. Ele coordena as atividades dessa área junto ao Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA e representa os interesses da NAS no Congresso americano.
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