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Boletim
quinzenal do IEA/USP — nº 60 16 a 30 de junho
de 2005 |
informação agenda |
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NOTAS |
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LEMBRETE |
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teoria |
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Existem barreiras metodológicas que impeçam a economia neoclássica de fornecer previsões com maior grau de acerto? Investigar essa questão será o trabalho de equipe coordenada pelo economista Marcelo Tsuji e com a participação dos lógicos Newton da Costa e Francisco Antonio Doria e vários consultores. A grande característica da evolução da economia no século 20 foi sua transformação metodológica, com a crescente utilização de métodos e conceitos matemáticos mais sofisticados. De acordo com Tsuji, isso colaborou com à criação e consolidação da principal linha de pesquisa em economia, "marcada pelo uso de modelos matemáticos na formulação de teorias e hipóteses e de testes empíricos de base estatística para as suas possíveis validações". O economista ressalva, porém, que ao se observar de forma mais cautelosa, a partir de critérios amplos aplicados a outras ciências (física e biologia, por exemplo), esse sucesso da matematização da economia não parece ser tão claro: "Por exemplo, no quesito das previsões fornecidas pela economia neoclássica, os resultados foram inquestionavelmente muito reduzidos". Tsuji explica que os economistas neoclássicos reconhecem tal limitação e argumentam que isso se deve ao pouco tempo em que a economia trabalha com os novos métodos. "Com o aperfeiçoamento dos modelos e melhora na qualidade dos dados coletados sobre as mais diversas atividades econômicas, as previsões tenderiam inevitavelmente a ser aperfeiçoadas". O que a equipe do projeto propõe é um estudo dos fundamentos das diversas teorias econômicas fornecidas pela economia neoclássica. Isso será feito com o emprego de métodos matemáticos mais gerais do que aqueles comumente conhecidos ou utilizados por uma grande parte dos economistas atuais. Caso o uso de tais métodos possibilite melhores previsões, ficará clara a existência de algo intrinsecamente limitante no tipo de matemática atualmente empregado pela economia neoclássica. Como exemplos de técnicas matemáticas modernas praticamente desconhecidos pelos economistas e que podem ajudar a esclarecer a questão, Tsuji cita: • Teoria da Recursão e Complexidade — instrumento para a compreensão se as teorias podem ser computáveis ou não (teoricamente ou na prática); • Lógicas Não-Clássicas como Fundamento de Teorias da Decisão Econômica — é possível que as pessoas tomem decisões econômicas que violem as leis da lógica clássica, como alguns experimentos de psicologia experimental parecem indicar; em tais condições, a economia neoclássica seria impotente para descrever tal fenômeno, devido à logica (clássica) subjacente à sua matemática de sustentação; • Teorias Matemáticas Construtivas — com elas, poderiam ser verificadas quais teorias econômicas seriam passíveis de implementação na prática por seres humanos e quais seriam meramente abstrações idealizadas, que nunca poderiam ser concretizadas; • Topologia Algébrica — em cálculo de variações, a utilização de mais que duas variáveis requer o uso de técnicas extremamente avançadas de topologia algébrica, que estão fora do alcance da matemática atualmente ensinada aos economistas; contudo, parece ser claro que o uso de mais variáveis é extremamente necessário para que o estudo dos problemas econômicos tenha maior detalhamento. O pesquisador destaca que esse tipo de estudo pode ter enorme relevância do ponto de vista social, "pois se autoridades monetárias e fiscais utilizam teorias inadequadas na formulação de políticas econômicas (com baixo poder de previsão), podem estar infligindo sacrifícios desnecessários à população". Já aceitaram participar como consultores do grupo: Antonio Delfim Netto, professor emérito da FEA/USP e presidente do Conselho de Economia da Fiesp; Vella Velupillai, da Universidade de Galway (Irlanda) e da Universidade de Trento (Itália); John Casti, do Instituto Santa Fé (EUA) e da Universidade de Tecnologia de Viena (Áustria); Drausio Giacomelli, vice-presidente do JP Morgan Chase Bank (EUA); Paulo Vellinho, empresário, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social; e Raul Velloso, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
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informação |
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Um análise da cadeia agroindustrial da fécula de mandioca. A disponibilidade comercial de um aparelho de ultra-som portátil que serve para detectar a prenhez bovina e eqüina um mês antes do método convencional. Dados sobre um curso de especialização em marketing no agrogenócio. Essas são algumas das informações disponíveis no portal da Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio (Ripa, www.ripa.com.br), projeto vinculado ao Instituto de Estudos Avançados de São Carlos. Uma das áreas do portal traz informações sobre editais e chamadas públicas de agências de fomento para projetos ligados à inovação tecnológica no agronegócio. Na mesma área há informações sobre projetos concluídos ou em andamento desde 2004, classificados em oito temas: acesso a mercados; agronegócio e energia; agronegócio e uso racional da água; novas tecnologias de produto; processo e gestão; produção orgânica de alimentos; produção rural de economia familiar; sanidade agropecuária e segurança do alimento; e tecnologias tropicais. Outra seção reúne íntegras de artigos e indicações de livros e periódicos, sempre com o objetivo de retratar tendências no agronegócio e com isso colaborar para a tomada de decisão em ações estratégicas. Há também uma área sobre cursos (seqüenciais de formação específica, graduação, pós-graduação "lato sensu" (MBA e especialização) e "stricto sensu" (mestrado profissional e acadêmico e doutorado) em áreas ligadas ao agronegócio. É possível também obter informações sobre eventos (congressos, feiras e exposições, fóruns e seminários e simpósios). Há ainda uma seção chamada "Mercado de Inovação", um ambiente colaborativo que pretende conectar a sociedade e o setor produtivo às inovações geradas pelas instituições de pesquisa do setor, através da divulgação de ofertas e demandas. WORKSHOPS O portal foi lançado durante o 2º Workshop Regional da Ripa, desta vez da Região Nordeste, em Gravatá, PE, em maio. O primeiro, da Região Sul, foi realizado em Londrina, PR, em novembro de 2004. Ainda este ano serão realizados os workshops das Regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O objetivo dos workshops é o levantamento de demandas tecnológicas, avaliação de cenários e a priorização de grandes temas e projetos de interesse da cada região. A metodologia utilizada é baseada na participação equilibrada de desenvolvedores de pesquisa e de usuários, clientes e apoiadores do setor produtivo, bem como de agentes do desenvolvimento, agências de fomentos e outros atores. Em Pernambuco, participaram 132 representantes de instituições de pesquisa e de produtores rurais. A abertura do evento (no dia 2 de maio, no Recife) contou com a participação de José Fritsch, ministro da Aqüicultura e Pesca, Sérgio Resende, presidente da Finep, Francisco Ercílio Matos, subsecretário de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Silvio Crestana, presidente da Embrapa, e Valmar Corrêa de Andrade, reitor da Universidade Federal Rural de Pernanbuco. REDE A Ripa foi criada no âmbito do CT-Agronegócio, um dos fundos setoriais do MCT, com recursos gerenciados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A projeto decorre de convênio da Finep com o IEA de São Carlos, Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Embrapa, Fundação para Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial (Fipai), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e Listen Local Information Systems Ltda. O projeto tem coordenação geral de Sérgio Mascarenhas (coordenador do IEA de São Carlos) e coordenação executiva de Paulo Estevão Cruvinel (Embrapa Instrumentação Agropecuária). Os demais integrantes são Alysson Paulinelli (representante do setor produtivo no CT-Agronegócio), Ladislau Martin Neto (Embrapa Instrumentação Agropecuária), Rejane Gontow (Ital), Sílvio Crestana (representante da comunidade científica no CT-Agronegócio e agora presidente da Embrapa), Urbano Campos Ribeiral (Abag), Airton Vialta (Ital) e Leonardo Hamú (Secretaria de Inclusão Social do MCT). Mais: informações sobre a Ripa podem ser obtidas no portal do projeto (www.ripa.com.br) ou pelo e-mail ripa@usp.br.
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agenda |
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JUNHO • Dia 28, 15h — Da Civilização do Petróleo a uma Nova Civilização Verde: Biomassa, Nova Matriz Energética e Agricultura Familiar — Conferência do economista Ignacy Sachs, do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (França). AGOSTO • Dia 8, 10h — Reformas Docentes en la Universidad Latinoamericana — Luis Riveros, reitor da Universidade do Chile. Local: os eventos acontecem no Auditório Alberto Carvalho da Silva, IEA (mapa). Mais: informações pelo e-mail iea@usp.br ou telefones (11) 3091-3919 e 3091-4442.
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Notas |
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O Conselho Deliberativo do IEA aprovou o ingresso do economista Marcelo Tsuji e do advogado Geraldo Forbes como novos pesquisadores visitantes do Instituto. Tsuji integrará a Área de Lógica e Teoria da Ciência, onde coordenará pesquisa sobre os fundamentos da análise econômica (veja acima) em equipe integrada também pelos lógicos Newton da Costa e Francisco Antonio Doria e vários consultores. Forbes, ex-conselheiro do Instituto e atualmente coordenador da Área Temática Estados Unidos do Grupo de Análise de Conjuntura Internaconal (Gacint) da USP, dará continuidade à sua participação nos estudos do IEA sobre questões estratégicas para o país.
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