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Boletim
quinzenal do IEA/USP nº 49 16 a 31 de outubro de
2004 |
Yochai
Benkler analisa a produção
Confronto entre oralidade,
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NOTA |
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LEMBRETE |
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Marcados
os 4 primeiros seminários |
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Nesta primeira fase da série, os seminários terão conferências de Simon Schwartzman, Cláudio de Moura Castro, Eunice Durham e Carlos Henrique Brito Cruz (leia detalhes abaixo). Além do conferencista, cada seminário contará com a participação de dois debatedores e o moderador. A segunda fase será realizada em março de 2005, com conferências de Franklin Leopoldo e Silva, Francisco César de Sá Barreto, Jacques Marcovitch e Jacques Veloso. A coordenação dessa Temática Semestral é de Gerhard Malnic, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e ex-diretor do IEA. Os textos preliminares das conferências serão disponibilizados no site do IEA (www.usp.br/iea). Está programada a edição de livro em 2005 com as conferências e os debates. Novas Informações sobre os seminários serão divulgadas nas próximas edições deste boletim. PROGRAMAÇÃO 9
de novembro, 10h 16
de novembro, 17h 23
de novembro, 10h 29
de novembro, 10h
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Yochai
Benkler analisa produção cooperativa e |
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Quais os impactos econômicos, políticos, sociais e culturais que as novas formas de produção cooperativa e não-proprietária possibilitadas pela Internet podem ocasionar? Os ambientes digitais possibilitarão o pleno desenvolvimento desse novo modelo produtivo ou ele terá de moldar-se para atender aos padrões tradicionais de produção e consumo? Essas e outras questões serão debatidas pelo jurista Yochai Benkler, da Faculdade de Direito da Universidade Yale, na conferência "Liberdade e Justiça nos 'Commons': Uma Economia Política da Informação", no dia 8 de novembro, às 10h, no IEA. O evento será em inglês e não haverá tradução.
Na conferência, Benkler fornecerá um arcabouço analítico e um esboço prático para reflexão sobre as escolhas que a sociedade tem feito atualmente, analisando-as em função das consequências que poderão ter para um mundo a ser construído em torno do emergente ambiente informacional interligado em redes. (Leia sinopse abaixo.) Na acepção utilizada pelo jurista no título da conferência e no conceito "commons-based peer-production", o termo "commons" não tem tradução específica em português, mas pode ser definido como "ambiente digital de propriedade comunitária". Um bom exemplo disso é o "ambiente" de desenvolvimento do software livre. Originalmente, o termo se refere às áreas de propriedade comunal existentes desde a Idade Média no Reino Unido, sobretudo na Inglaterra e em Gales, utilizadas anteriormente para pastoreio e agricultura e agora destinadas sobretudo à preservação ambiental nas cercanias de vilas e cidades. "Benkler talvez seja o especialista com a maior imaginação inovativa para explicar os novos métodos cooperativos e de compartilhamento mediados pela Internet", comenta Imre Simon, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP e integrante da comissão coordenadora do Programa Tidia (Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada) da Fapesp. O jurista também participará do "Primeiro Workshop Tidia", que será realizado de 3 a 5 de novembro no Centro de Convenções Rebouças. No dia 4, às 16h, ele faz a palestra "A Emergência da Produção por Pares e do Compartilhamento na Economia da Informação em Rede"; no dia 5, também às 16h, participa do painel "Cooperação e Compartilhamento na Economia da Informação em Rede". O artigo Freedom in the Commons, Towards a Political Economy of Information trata das idéias que Benkler desenvolverá na conferência no IEA. Outros textos relevantes para a temática são Coase's Penguin, or Linux and the Nature of the Firm e "Sharing Nicely": On Shareable Goods and the Emergence of Sharing as a Modality of Economic Production. Mais: informações sobre as atividades de Benkler em São Paulo e sobre as características mais importantes do "commons-based peer-production" estão em www.ime.usp.br/~is/Benkler.
Liberdade
e Justiça nos "Commons": Yochai Benkler Estamos no meio de uma transformação tecnológica e econômica que nos permite renegociar os termos da liberdade individual, do discurso cultural, da participação política e da justiça social na sociedade da informação. A Internet está tornando possível o amadurecimento de novas formas cooperativas de produção de informação, conhecimento e cultura em oposição aos mecanismos habituais de propriedade, hierarquia e mercados. Em particular, está permitindo que indivíduos, agindo isoladamente e em associações flexíveis com seus pares, tornem-se produtores de seu próprio ambiente informacional e cultural. Isso representa uma ruptura dramática da tendência dos últimos 150 anos voltada para a comercialização e concentração do sistema de produção de informação e cultura. Esse momento de transição nas condições materiais dessa produção nos oferece uma oportunidade para a reestruturação daquele sistema de forma a ampliar a liberdade individual, possibilitar maior diversidade cultural, aperfeiçoar o discurso político e melhorar alguns aspectos da injustiça econômica, em particular no que concerne às desigualdades globais de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a transição nos permite elevar a produtividade na economia da informação. Mas a cornucópia das mudanças desejadas ameaça várias forças econômicas e culturais arraigadas da economia da indústria da informação do século 20. Hollywood, as redes de difusão televisiva e radiofônica e a indústria fonográfica se sentem ameaçadas pelo surgimento da produção cultural e de informação não-proprietária e à margem dos mercados. Fornecedores de software proprietário estão ameaçados pelo aparecimento do software livre. As empresas de telefonia, de fibra ótica e de telefonia celular estão ameaçadas pelas alternativas não-proprietárias a seus sistemas, como redes sem fio ou rede de fibras municipais que atingem as residências. Em casos judiciais, nos procedimentos regulatórios e na legislação assistimos hoje a uma campanha lançada sobre a ecologia institucional dos ambientes digitais. A questão nessas batalhas é se os ambientes digitais permitirão o florescimento da produção cooperativa entre pares, não-proprietária e à margem dos mercados, trazendo com ela uma série de aprimoramentos bem definidos na liberdade e distribuição de justiça, ou se serão moldados para servir às necessidades dos modelos de negócio baseados no fornecimento - por proprietários - de produtos acabados a consumidores passivos. Assim como ocorreu nos casos da impressão, rádio e telefone, as escolhas institucionais que fizermos durante este período formativo inicial provavelmente determinarão a resposta a essas questão para as próximas décadas.
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Confronto
entre oralidade, textualidade e imagens |
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"Entre Vozes e Imagens" é o tema da conferência que o antropólogo François Laplantine, da Universidade de Lyon II (França), faz no dia 4 de novembro, às 14h30, no IEA. O evento é organizado com o apoio da Editora Terceira Margem e do Consulado Geral da França em São Paulo. Segundo Laplantine, a proposta da conferência é uma confrontação entre a oralidade (e mais amplamente a sonoridade), a textualidade e as imagens: "Nós nos deslocaremos pelo interior do Brasil entre sons e imagens, componentes definidores do cinema". À maneira de uma montagem cinematográfica, a conferência terá cinco seqüências, assim definidas por Laplantine: 1ª) Ambientada no sertão do Nordeste e intitulada "Assaré e Canindé"; nela iremos da oralidade, ou mais precisamente da vocalidade, à visualidade. 2ª)
É o "O Teatro da Umbanda", onde encontraremos as
telenovelas da Rede Globo, o que nos faz interrogar sobre os processos
psíquicos da construção do cenário. 3ª)
Referente ao Espiritismo Kardecista, ocorre principalmente na cidade
de São Paulo, e nos permitirá questionar as relações
do texto e do corpo. 4ª)
A questão é uma outra religião do livro; concentremos
nossa atenção sobre a eficácia física
daquilo que Austin denomina 'Os Enunciados Performativos', através
de um verdadeiro corpo-a-corpo que coloca em cena há 15 anos
uma nova dualidade: o pastor e os demônios. 5ª) "Do Escrito ao Cinema" tem como ambiente Portugal; veremos, com a ajuda de cenas de um filme de Manoel de Oliveira, o processo de passagem cinematográfica de um texto francês ("Madame Bovary", de Gustave Flaubert) no corpo de uma atriz portuguesa, Leonor Silveira. Laplantine é professor titular de etnologia da Universidade de Lyon II e tem como linhas de pesquisas: antropologia médica, antropologia das religiões, oralidade e textualidade, mestiçagem. Ele tem realizado pesquisas na América Latina (sobretudo no Brasil) há 18 anos. Publicou 185 artigos em revistas científicas francesas e internacionais e é autor ou co-autor de 22 livros. Durante sua estada em São Paulo, estão sendo lançados dois de seus livros "A Descrição Etnográfica" e "Antropologias Laterais", ambos publicados pela Editora Terceira Margem. Mais: informações sobre a conferência de Laplantine podem ser obtidas com Cláudia Regina (clauregi@usp.br), telefones (11) 3091-3919 e 3091-4442.
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Agenda de eventos |
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8 de novembro, 14h30
9 de novembro, 10h
16 de novembro, 17h
17 e 18 de novembro
23 de novembro, 10h
29 de novembro, 10h O IEA fica na Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, térreo, Edifício da Antiga Reitoria, Cidade Universitária, São Paulo (mapa).
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Nota |
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UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO contato, |