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Boletim do IEA-USP — nº 167 — julho de 2011 |
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CIÊNCIA AVANÇADA POLÍTICAS PÚBLICAS AGENDA |
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NOTA Ecléa Bosi trata do programa Universidade Aberta à Terceira Idade |
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LEMBRETE Dia 5 de agosto, na Each-USP, acontece o 6º seminário sobre a várzea do Tietê — inf.: (11) 3091-8877 |
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CIÊNCIA AVANÇADA Sergio Pena fala sobre a genética do povo brasileiro |
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"No Brasil, não se pode prever individualmente a cor das pessoas a partir de sua ancestralidade genômica, nem o contrário. Os brasileiros devem ser avaliados numa base individual como 190 milhões de seres humanos, e não como membros de grupos de cores." A afirmação é do geneticista Sérgio Danilo Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que fará a conferência "Estrutura e Formação Genética do Povo Brasileiro" no dia 11 de agosto, às 17h, no Auditório do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. A conferência integra o Ciclo Ciência Avançada, comemorativo dos 25 anos do IEA e do qual já participaram o neurocientista Miguel Nicolelis, o astrofísico João Steiner e a linguista Eleonora Cavalcante Albano. Pena chama de "ancestroma brasileiro" a totalidade das características genéticas das três principais populações constituintes do povo brasileiro: ameríndios, europeus e africanos. Na conferência, explicará o uso de diferentes ferramentas moleculares para caracterizar tal ancestroma. Segundo ele, estudos iniciais com marcadores de cromossomo Y e DNA mitocondrial mostraram um padrão de elevados níveis de mistura genética de reprodução direcional entre homens europeus e mulheres ameríndias e africanas. "Em seguida, analisados diferentes tipos de polimorfismos genômicos correlacionando ancestralidade e cor nos brasileiros, esses marcadores confirmaram níveis extensos de mistura genômica, mas também evidenciaram uma forte marca da onda maciça de imigração europeia nos séculos 19 e 20." De acordo com Pena, a alta variabilidade individual observada sugere que cada brasileiro tem uma proporção singular das ancestralidades ameríndia, europeia e africana em seu genoma. Médico formado pela Faculdade de Medicina da UFMG, Pena fez o doutorado no Departamento de Genética Humana da Universidade de Manitoba, Canadá, e o pós-doutorado no Instituto Nacional de Pesquisa Médica em Mill Hill, Londres, Reino Unido. Atualmente é professor titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia e diretor do Laboratório de Genômica Clínica da UFMG. É também diretor científico do Gene — Núcleo de Genética Médica de Minas Gerais e da Gene-Genealógica Central de GenoTipagem de Animais. Membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academy of Sciences of the Developing World (TWAS), Pena presidiu a Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, o Programa Latino-Americano do Genoma Humano e o Comitê Sul-Americano do Projeto de Diversidade Genômica Humana. A ênfase em seu trabalho é em genética humana e médica, atuando principalmente em diversidade genômica e evolução humana, formação e estrutura da população brasileira, estrutura populacional do Trypanosoma cruzi (parasita causador da doença de Chagas), desenvolvimento de testes baseados na PCR (reação em cadeia da polimerase) para diagnóstico de doenças humanas e aplicação da genômica de nova geração em medicina clínica. Local: Auditório Luiz Rachid Trabulsi, ICB-USP, Av. Prof. Lineu Prestes, 2.415, Cidade Universitária, São Paulo.
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POLÍTICAS PÚBLICAS Mesa-redonda discute nova agenda social para o Brasil |
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Ao longo de 2010, Edmar Bacha, diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica – Casa das Garças (Iepe/CdG), e Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedades (Iets), organizaram uma série de seminários sobre questões pendentes nas políticas publicas sociais no Brasil. Os dois e outros 16 pesquisadores discutiram políticas de saúde, previdência social e políticas de renda, políticas de educação e políticas de segurança pública. Os debates resultaram no livro "Brasil: A Nova Agenda Social", organizado por Bacha e Schwartzman e lançado em junho. A convite da direção do IEA, os dois organizados e os pesquisadores André Portela de Souza (FGV-SP) e Leandro Picquet Carneiro (IRI-USP)participarão de mesa-redonda no IEA sobre os principais aspectos abordados no livro. O evento será no dia 17 de agosto, às 14h30. Bacha e Schwartzman explicarão as motivações que os levaram a promover o ciclo de seminários, Souza falará sobre a Previdência Social e as políticas de renda e Carneiro tratará das políticas de segurança pública. No prefácio do livro, Bacha e Schwartzman destacam que há uma contradição entre a complexidade crescente das políticas públicas na área social e as simplificações que ocorrem sempre que esses temas sociais são debatidos: "No debate público, as discussões tendem para dicotomias simples, invariavelmente em termos da 'generosidade' do setor público em distribuir benefícios: mais escolas, mais universidades, mais bolsas, mais atendimento médico gratuito, melhores aposentadorias, mais casas populares etc. Além dos óbvios limites financeiros dessas políticas distributivas, estas simplificações impedem que o país desenvolva a inteligência e a competência necessárias para que elas sejam implementadas de forma efetiva". Nos seminários, cinco itens básicos nortearam as discussões das políticas públicas sociais: diagnóstico dos problemas principais de cada área, do ponto de vista da cobertura e da produtividade; que instituições e agências — públicas, privadas ou ONGs; federais, estaduais ou municipais — são responsáveis pelo provimento dos benefícios; em que medida a legislação permite ou dificulta a execução dessas políticas; custos e mecanismos de financiamento; e sugestões do ponto de vista institucional, gerencial, legal e financeiro para cada setor. Local: Sala de Eventos do IEA, Rua Praça do Relógio, 109, Bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo
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AGENDA Eventos públicos |
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AGOSTO • Dias 5 e 26, 14h • Dia 9, 14h • Dia 11, 17h • Dia 17, 14h30 SETEMBRO • Dias 2 e 16, 14h • Dia 15, 17h
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NOTA |
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Ecléa Bosi trata do programa Universidade Aberta à Terceira Idade
No dia 9 de agosto, às 14h, no IEA, Ecléa Bosi, professora emérita do Instituto de Psicologia (IP) da USP, fará exposição sobre o programa Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati). O evento será o sexto encontro do ciclo "Idosos no Brasil: Estado da Arte e Desafios", iniciativa do IEA, do Grupo Mais do Hospital Premier e de Oboré Projetos Especiais de Comunicação e Artes. Ecléa é autora de "Cultura de Massa e Cultura Popular — Leituras de Operárias" e "Memória e Sociedade — Lembranças de Velhos", entre outros livros. Ao longo de sua carreira acadêmica tem realizado vários trabalhos sobre psicologia social e humanidades. Suas iniciativas resultaram na criação do Uati em 1993, com o objetivo de ampliar o acesso dos idosos à Universidade. Mais informações: com Sandra Sedini (sedini@usp.br), tel. (11) 3091-1678.
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EXPEDIENTE |
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UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO INSTITUTO DE
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