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Boletim do IEA-USP — nº 136 —
1ª quinzena de setembro de 2009 |
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AMBIENTE AGENDA |
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NOTA |
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LEMBRETE |
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COGNIÇÃO As bases cerebrais das intuições matemáticas |
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Stanislas Dehaene, do Collège de France, um dos mais destacados cientistas cognitivos da atualidade, faz no dia 16 de setembro, quarta-feira, às 16h, no IEA, a conferência "Mathematical Intuitions and their Cerebral Bases". O evento é uma realização do IEA e do Instituto de Psicologia da USP. A conferência será proferida em inglês, sem tradução. Em suas pesquisas, Dehaene tem demonstrado que a habilidade para estimar quantidades forma a base das habilidades matemáticas (raciocínio abstrato) e aritméticas (cálculo) do ser humano. O segundo caso, entretanto, requer um sistema simbólico bem desenvolvido, um sistema de linguagem. As evidências dessa dualidade têm sido encontradas em experimentos científicos e em pesquisas antropológicas. A língua dos mundurukus, tribo indígena do Pará, é um exemplo disso, pois possui palavras apenas para os números até cinco. Os mundurukus não são capazes de fazer cálculos precisos com números elevados, mas conseguem fazer aproximações e comparar grandes quantidades. Dehaene também tem trabalhado em importantes pesquisas sobre a leitura, uma capacidade culturalmente determinada, não inata. Criou métodos para mostrar que ao lermos acessamos uma rede complexa do cérebro que reconhece fragmentos cada vez maiores de palavras sem estarmos conscientes disso. Essas e outras descobertas levaram Dehaene a desenvolver a influente teoria do "espaço de trabalho global" da consciência humana, a qual propõe que nosso cérebro usa dois diferentes mecanismos simultaneamente para atingir a consciência. Dehaene licenciou-se e obteve o mestrado em matemática aplicada e informática pela Universidade de Paris VI em 1985. Em 1989 obteve o título de doutor em psicologia cognitiva pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais. Em 2005, tornou-se o mais jovem membro da Academia de Ciências da França e no mesmo ano foi eleito para a cadeira de psicologia cognitiva experimental do Collège de France. É também diretor de pesquisa da Unidade de Neuro-Imagem Cognitiva no Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França. Entre suas premiações estão o Prêmio Louis D. do Instituto da França, a Medalha de Ouro da Associação Artes-Ciências-Letras e, em 2008, recebeu o Prêmio A. H. Heineken de Ciência Cognitiva, da Alfred Heineken Fondsen Fountation, Holanda, o maior prêmio internacional para pesquisadores da área. Dehaene é autor de "The Number Sense: How de Mind Creates Mathematics (1997), "La Bosse des Maths" (1997), "Vers une Science de la Vie Mentale" (2007), "Les Neurones de la Lecture" (2007) e "Reading in the Brains" (2009), além de ser editor ou co-autor de outras obras sobre psicologia cognitiva e co-autor de artigos em revistas como "Science", "Nature" e "Nature Neuroscience". (Leia o artigo "Number Guy — Are our Brains Wired for Math?" — "New Yorker", 3 de março de 2008 —, de Jim Holt, sobre as pesquisas de Dehaene.) Os interessados devem inscrever-se em www.iea.usp.br/iea/inscricao/form1.html. As vagas são limitadas. Quem não puder comparecer poderá assistir ao evento pela web em www.iea.usp.br/aovivo. Mais informações: com Cláudia Regina Tavares (clauregi@usp.br), tel. (11) 3091-1686.
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AMBIENTE
Seminário internacional trata de risco, saúde e meio ambiente |
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Uma das características da sociedade atual é criar riscos à saúde humana, muitos dos quais afetam de modo desigual a população. A gestão de riscos é uma das preocupações de governos e agências internacionais desde o século 20. No entanto, nem sempre as ações se orientam a partir de uma matriz reflexiva, que aponte as diferentes interpretações sobre o risco e suas causas. O risco é criado socialmente e conectado ao conceito de perigo, quer os sujeitos estejam ou não conscientes dele. Os perigos agora são codificados como "riscos", na medida em que os sujeitos podem exercer algum controle sobre eles. Assim, o risco não é novo, o novo é que a sociedade passa a gerá-lo e a naturalizar a convivência com ele e suas consequências. Daí a denominação de "sociedade de riscos" formulada pelo sociólogo alemão Ulrich Beck. No seminário internacional "Risco, Saúde e Meio Ambiente", que acontece nos dias 21 e 22 de setembro, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, especialistas estrangeiros com pesquisas e publicações relevantes sobre o tema debaterão suas contribuições com pesquisadores brasileiros (leia o programa abaixo). O seminário é uma realização do Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do IEA, do Departamento de Saúde Ambiental da FSP e do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, com apoio de: Comissões de Cultura e Extensão, Pesquisa e de Pós-Graduação da FSP, Comissão de Pesquisa da FFLCH, Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (Procam) da USP, Centro de Pesquisa e Capacitação em Meio Ambiente (Cepema) da USP, Petrobras-UTE Euzébio Rocha, Capes e Fapesp. O Comitê Científico e Organizador é constituído por: Helan Ribeiro (FSP), presidente; Wagner Costa Ribeiro (IEA, FFLCH e Procam), Adelaide Cassia Nardocci (FSP); Pedro Jacobi (Faculdade de Educação e Procam); Sonia M. F . Gianesella (Instituto Oceanográfico e Procam) e Nelson Gouveia (Faculdade de Medicina e Procam). O seminário acontece no Auditório João Yunes, na Faculdade de Saúde Pública , Av. Dr. Arnaldo, 715, São Paulo. Os interessados devem efetuar inscrição em www.fsp.usp.br/crintform/phpmyadmin/formSIRSMA.php. Mais informações: com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), (11) 3091-1685.
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AGENDA Eventos públicos |
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SETEMBRO • Dia 14, 11h • Dia 16, 16h • Dia 17, 14h • Dia 21 e 22, 9h • Dia 21, 11h • Dia 21, 14h • Dia 24, 13h30 OUTUBRO • Dias 2, 14h • Dias 16, 14h • Dias 23, 14h
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NOTA |
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O petróleo do pré-sal e a governança marinha
Não deixa de ser paradoxal que, numa época em que a humanidade busca caminhos para uma economia menos dependente de carbono, o Brasil torne-se um dos grandes produtores de petróleo graças às reservas descobertas no pré-sal. Assimilada essa contradição, como demonstra a disposição governamental e de setores produtivos, resta a definição de diversos aspectos, tais como o modelo empresarial de exploração a ser adotado, a partilha dos royalties e de que maneira os recursos provenientes do petróleo podem atenuar as carências sociais do país. Para debater essas questões, o Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do IEA e o Departamento de Geografia da FFLCH realizam no dia 17 de setembro, às 14h, no IEA, o seminário "Governança Marinha e Recursos Naturais: o Caso do Petróleo". O encontro terá como expositor Juan Luis Suárez de Vivero, da Universidade de Sevilha, Espanha, e professor visitante do Departamento de Geografia da FFLCH. Vivero possui larga experiência em questões ligadas à governança do mar na União Européia. Os debatedores serão Ildo Sauer, do Instituto de Energia e Eletrotécnica e ex-diretor da Petrobras, e Antonio Carlos Robert Moraes, do Departamento de Geografia da FFLCH.
O evento acontece no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA (www.iea.usp.br/iea/mapa.html). Os interessados devem inscrever-se em www.iea.usp.br/iea/inscricao/form3.html. As vagas são limitadas. Quem não puder comparecer poderá assistir ao seminário na web em www.iea.usp.br/aovivo. Mais informações podem ser obtidas com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), tel. (11) 3091-1685.
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EXPEDIENTE |
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UNIVERSIDADE DE SÃO
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