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Boletim do IEA/USP — nº 127 1ª quinzena de dezembro de 2008
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"Estamos no início da saída gradual da era do petróleo. Essa mudança é motivada pela necessidade de mitigar as mudanças climáticas e facilitada pela eminência do pico do preço do petróleo." A afirmação é do economista e sociólogo Ignacy Sachs, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, França, e pesquisador visitante do IEA. No dia 10 de dezembro, às 10h, no IEA, Sachs tratará dessa questão na conferência "A Grande Transição — As Biocivilizações do Futuro". Sachs considera esta a terceira grande transição na longa história da co-evolução da espécie humana com a biosfera, depois da revolução neolítica há 12 mil anos, marcada pela domesticação de vegetais e animas, e da era das energias fósseis, iniciada há três séculos. "Convém buscar soluções simultâneas à ameaça de mudanças climáticas deletérias e possivelmente irreversíveis, ao avanço das desigualdades sociais e ao déficit crônico e grave de oportunidades de trabalho decente", alerta o economista. Para que a humanidade tenha êxito na busca dessas soluções, "devemos examinar até onde podemos avançar na construção de biocivilizações modernas, baseadas na captação de energia solar pela fotossíntese e no uso múltiplo de biomassas como alimento humano, ração animal, adubo verde, bioenergias, materiais de construção, fármacos e cosméticos". Segundo Sachs, as vantagens comparativas naturais dos países tropicais devem ser potencializadas pela pesquisa e pela organização social apropriada do processo produtivo: "A pesquisa deve explorar o trinômio biodiversidade—biomassas—biotecnologias, estas últimas aplicadas nas duas pontas do processo produtivo em busca de soluções intensivas em conhecimentos e mão-de-obra e poupadoras de recursos naturais e financeiros". Em 2006/2007, Sachs coordenou o ciclo temático "Civilização da Biomassa"; os vídeos dos encontros A GRANDE TRANSIÇÃO — AS BIOCIVILIZAÇÕES DO FUTURO
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Marco Antônio Coelho* A próxima edição da revista "Estudos Avançados", com lançamento no dia 16 de dezembro (leia ao lado), divulgará um dossiê sobre epidemias. Em dez artigos de renomados pesquisadores nessa questão que atormenta regiões do planeta e, particularmente, o Brasil, o órgão do IEA traz informações valiosas sobre dengue, Aids e várias "doenças tropicais", como a malária, a doença de Chagas, as esquistossomoses, as leishmanioses e a doença do sono. No dossiê não somente é abordado o histórico das epidemias como também sua difusão no território nacional e os meios de que se têm valido a ciência e os órgãos de Saúde Pública para as prevenir ou debelar. O quadro, apesar de aflitivo em razão das mazelas de um país ainda "em desenvolvimento", abre horizontes esperançosos quando se constata que males terríveis como a doença de Chagas foram praticamente sanados graças à contribuição da ciência brasileira. O trabalho de uma instituição da envergadura do Instituto Butantan é outra comprovação do engenho e da determinação de nossos cientistas que, muitas vezes, devem enfrentar problemas advindos ora das empresas privadas ora da burocracia estatal. Essa análise foi apresentada no dossiê pelos professores Isaias Raw e Hisako Gondo Higashi, diretores da Fundação Butantan. O professor José da Rocha Carvalheiro, que orientou a preparação do dossiê, acentuou que as mais importantes doenças transmissíveis no mundo em desenvolvimento merecem atenção especial das agências de fomento de pesquisa por não serem tidas como prioritárias pela indústria farmacêutica. O parasitologista Erney Plessmann Camargo mostrou o equívoco na designação como "doenças tropicais" daquelas doenças quase desconhecidas e exóticas encontradas em colônias situadas nos países tropicais, quando na verdade resultam da miséria das populações tropicais. No dossiê, uma prioridade foi dada à questão da malaria na região amazônica, com alguns trabalhos sobre esse tema, entre os quais um do cientista Luiz Hildebrando Pereira de Silva e sua equipe, em que há uma advertência sobre os prováveis impactos nas áreas ribeirinhas do rio Madeira com a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Igualmente, nesta edição de "Estudos Avançados" os leitores encontrarão reflexões sobre a crise que vem abalando a economia no mundo, focalizando suas conseqüências no Brasil. Essas opiniões foram dadas por Rubens Ricupero, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Luis Nassif e José Antonio Pereira, ex-ministro da Fazenda da Colômbia e atualmente professor na Universidade Colúmbia (EUA). Além disso, o órgão do IEA apresenta textos especiais assinalando marcos memoráveis na literatura brasileira: o centenário da morte de Machado de Assis, o de nascimento de Guimarães Rosa e o quarto centenário do nascimento do Padre Vieira. Esses estudos foram elaborados pelos professores Alfredo Bosi, Adélia Bezerra de Menezes, Marcus V. Mazzari e Pedro Meira Monteiro. A revista publica também seis resenhas sobre livros recentemente lançados por editoras brasileiras. * Editor executivo de "Estudos Avançados". SUMÁRIO DA EDIÇÃO 64 Dossiê Epidemias
Textos
Vieira, Machado, Guimarães Rosa (I)
Resenhas
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DEZEMBRO • Dias 3 e 4, das 9 às 17h • Dia 8, 10h30 • Dia 9, 14h • Dia 10, 10h • Dias 11, 13h30 • Dia 16
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Os direitos humanos na Constituição brasileira A Cátedra Unesco de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Tolerância e Democracia, sediada no IEA, e a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP organizam a conferência "Direitos Humanos na Constituição Brasileira: Avanços e Desafios", que será proferida por Sergio Adorno, coordenador da cátedra e do Núcleo de Estudos da Violência da USP, no dia 8 de dezembro, às 10h30, no Auditório Paula Souza, na FSP-USP, Av. Dr. Arnaldo, 715 (Estação Clínicas do Metrô), São Paulo. O evento integra as comemorações dos 120 anos da abolição do escravismo no Brasil, 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 20 anos da Constituição Federal. Haverá transmissão pela internet em www.iea.usp.br/aovivo. Mais informações: com Sandra Sedini (sedini@usp.br), telefone (11) 3091-1688. Interdisciplinaridade e processos psicossociais Nos dias 3 e 4 de dezembro, das 9 às 17h, no IEA, acontece o seminário "Interdisciplinaridade e Processos Psicossociais: Relações entre Psicologia Ambiental, Ecologia, Antropologia e Política", uma iniciativa do IEA e do Laboratório de Psicologia Sócio-Ambiental e Intervenção (Lapsi) do Instituto de Psicologia da USP. Eda Terezinha de Oliveira Tassara, coordenadora do Lapsi e do seminário, fará a exposição "A Construção Geopolítica da Pobreza". As outras expositoras são: a urbanista Yara Vicentina, que falará sobre "Urbanização e Ambiente"; a psicóloga Sandra Maria Patrício Vichietti, cujo tema será "Cidade, Memória e Imaginação"; e especialista em comunicação Cristina Pontes Bonfiglioli, que tratará de "Discurso Ecológico e Biopolítica: Saber e Poder na Operação das 'Verdades Inconvenientes'". Durante o seminário haverá a exibição de três filmes: o documentário: "Trajetórias", dirigido por Marcelo Tassara; "Bode Rei,Cabra Rainha", dirigido por Helena Tassara; e "Homo Sapiens 1900", dirigido por Peter Cohen. Mais informações: com Cláudia Regina (clauregi@usp.br), telefone (11) 3091-1686.
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EXPEDIENTE |
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