Loading |
||||
Boletim do IEA-USP — nº 176 — junho de 2012 |
|||||||
INTERNACIONAL PARCERIAS AGENDA |
|||||||
NOTAS • Avaliação da Rio+20 • Grupo lança livro sobre polinizadores do Brasil • Maritta Koch-Weser recebe medalha do governo paulista |
|||||||
LEMBRETE Veja a seção especial do site do IEA com contribuições para o debate dos temas ligados à Rio+20 |
|||||||
O historiador Aditya Mukherjee, diretor do Instituto de Estudos Avançados Jawaharlal Nehru da Universidade Jawaharlal Nehru (JNU), falará sobre "Desenvolvimento com Democracia para o Sul Pós-Colonial: da 'Dependência' à Globalização". Ele argumentará que o legado colonial não criou "condições iniciais" positivas como alegam alguns autores revisionistas do colonialismo imposto aos países do leste, sudeste e sul da Ásia. Para ele, o caminho do desenvolvimento exigiu a desestruturação do colonialismo. O historiador defende que Jawaharlal Nehru (1889-1964) adotou estratégias para aquela desestruturação entre 1947 e 1964, período em que foi primeiro-ministro da Índia, promovendo um desenvolvimento independente e possibilitando as reformas estruturais para o rápido crescimento do país nos últimos anos (leia a íntegra do texto que será apresentado por Mukherjee). O tema da exposição da historiadora Mridula Mukherjee, do Centro de Estudos Históricos da JNU, será "Construir e Aprofundar a Democracia em uma Sociedade Altamente Diferenciada". Ela tratará de democracia e secularismo e discutirá como essas idéias se tornaram os valores fundamentais do povo indiano (leia o resumo da apresentação da historiadora). Pelo lado brasileiro, Pedro Paulo Funari, diretor do Centro de Estudos Avançados (CEAv) da Unicamp, falará sobre "Desafios da Democracia no Brasil a partir de uma Perspectiva Histórica" e Renato Janine Ribeiro, professor titular de ética e filosofia política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e conselheiro do IEA, tratará da "Emergência do Sul". As debatedoras serão Maria Hermínia Tavares de Almeida, diretora do Instituto de Relações Internacionais (IRI), e Laura Patrícia Zuntini de Izarra, da FFLCH. A moderação estará a cargo de Maria Inês Nogueira, do Instituto de Ciências Biomédicas, e Alfredo Bosi, do IEA e da FFLCH. O encontro será realizado na Sala de Eventos do IEA (Rua Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo) e terá tradução simultânea. Haverá transmissão pela web em www.iea.usp.br/aovivo. Mais informações podem ser obtidas com Marilda Gifalli (mgifalli@usp.br), tel. (11) 3091-1683.
|
|||||||
A Ubias, rede de institutos de estudos avançados (IEAs) vinculados a universidades, definiu três tipos de iniciativas de colaboração a serem implantadas a partir de 2013: encontros bianuais dos diretores dos institutos para a troca de experiências e formação de parcerias; conferências acadêmicas, também bianuais, para fomentar o debate de temas interdisciplinares de alcance global; e a criação de uma "academia intercontinental", cujas edições sempre envolverão dois IEAs de distintos continentes visando à promoção do intercâmbio de jovens talentos da pesquisa nas diversas áreas do conhecimento. O próximo encontro de diretores dos 32 institutos da Ubias será realizado no Instituto de Estudos Avançados da Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel. A primeira conferência acadêmica terá lugar no Peter Wall Institute for Advanced Studies da University of British Columbia, em Vancouver, Canadá. Já o projeto-piloto da academia intercontinental está em fase de planejamento, sob a responsabilidade dos IEAs da USP e da Universidade de Nagoya, Japão. As três iniciativas foram discutidas na reunião do Comitê de Coordenação da Ubias, que aconteceu em março, no Instituto de Estudos Avançados Jawaharlal Nehru, em Nova Delhi, Índia. Participaram representantes de oito dos 11 institutos que integram o comitê, entre os quais o diretor do IEA-USP, Martin Grossmann. ACADEMIA INTERCONTINENTAL Segundo Grossmann, a ideia é que a academia congregue 15 jovens talentos do mundo, selecionados a partir de um conjunto de nomes indicados pelos 32 institutos membros da Ubias. O grupo trabalharia por dois anos em torno de um tópico interdisciplinar sob a tutoria de três pesquisadores seniores de destaque internacional, indicados pelo Comitê de Coordenação da rede. Ao final de cada ano, os 15 pesquisadores interagiriam numa oficina imersiva com duração de um mês (a primeira em São Paulo e a segunda em Nagoya), para apresentar e debater os resultados alcançados. "O objetivo dessa parceria bilateral é contribuir para a formação de novos quadros para a pesquisa a partir do contato com grandes nomes das diversas áreas do conhecimento, bem como criar um ambiente favorável para que esses possíveis futuros líderes, seja na ciência, seja na cultura, se articulem e componham redes de pesquisa transnacionais", explica o diretor do IEA-USP. REVISTA Além de se engajar na concretização dessa primeira academia, o IEA-USP sugeriu a criação de uma revista produzida pelos institutos da Ubias. De acordo com Grossmann, a proposta surgiu da ideia do diretor anterior do IEA-USP, César Ades, de criar uma publicação do instituto em inglês: "Pensei, então, em ampliar o escopo dessa ideia, compartilhando a revista com nossos colegas da Ubias. O IEA-USP tem condições para estar à frente disso porque dispõe da infraestrutura e do know-how necessários, já que possui a revista "Estudos Avançados", uma publicação longeva, referencial e interdisciplinar por natureza". BRASIL-ÍNDIA Para Grossmann, a reunião em Nova Delhi foi proveitosa não só por ter dado andamento à consolidação da Ubias e à discussão sobre a agenda futura da rede, mas também porque representou uma oportunidade para o Brasil e a Índia reforçarem suas relações acadêmicas. Integrantes dos Brics, ao lado de China, Rússia e África do Sul, os dois países são grandes economias em desenvolvimento e apresentam realidades bastante parecidas. Como resultado direto do encontro em Nova Delhi, o IEA-USP realiza no dia 26 de junho o seminário Democracias de Alta Densidade: Índia e Brasil, com a participação de pesquisadores da USP, da Unicamp e do IEA indiano.
|
|||||||
JUNHO
• Dia 25, 11h • Dia 26, 9h30 • Dia 27, 15h
|
|||||||
NOTAS |
|||||||
Patricia Morales, da Universidade Católica de Leuven, Bélgica, faz no dia 27 de junho, às 15h, no IEA, a conferência O Planeta Solidário — Avaliação da Rio+20. No evento, as decisões da Rio+20 serão discutidas a partir de uma visão de longo prazo, como propunha o geógrafo e ambientalista Aziz Ab'Sáber, homenageado pelo encontro. Segundo Wagner Costa Ribeiro, coordenador do Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do IEA, "Ab'Sáber, por meio da visão que possuía da geografia, ensinou segredos da natureza e uma ética humana baseada na solidariedade. É preciso superar o Antropoceno e ir além, para chegarmos a uma nova era: o Sofoceno. Um novo momento baseado na sabedoria e na busca da autocompreensão da finitude e da transcendência, no domínio da vontade, que se realiza ao mesmo tempo em respeito aos outros e ao planeta". Doutora em ética pela Universidad de Buenos Aires, Argentina, Patricia Morales coordenou vários projetos da Unesco sobre direito à água e ética universal. Durante o evento serão comentados os trabalhos que se destacaram no concurso "O Planeta Vivo", promovido pelos mesmo organizadores da conferência: Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do IEA e Faculdade de Artes e Filosofia da Universidade Católica de Leuven, com o apoio do Ministério Flamengo de Educação e da Embaixada do Brasil na Bélgica. Mais informações podem ser obtidas com Sandra Sedini (sedini@usp.br), tel. (11) 3091-1678. A Editora da USP (Edusp) lançou este mês o livro "Polinizadores do Brasil — Contribuição e Perspectivas para a Biodiversidade, Uso Sustentável, Conservação e Serviços Ambientais", organizado por Vera Lucia Imperatriz-Fonseca, Dora Ann Lange Canhos, Denise de Araujo Alves e Antonio Mauro Saraiva. O livro conta com 23 artigos redigidos por 85 pesquisadores de 36 instituições científicas brasileiras. É resultado do trabalho do Grupo de Pesquisa de Serviços de Ecossistemas, dedicado ao estudo da situação dos polinizadores no Brasil, seu impacto na agricultura, na biodiversidade e no agronegócio. O volume trata da conservação de biomas, de síndromes de polinização, de polinizadores vertebrados e das abelhas, que são os polinizadores mais utilizados na agricultura. Outro tema presente é a modelagem climática, com um resumo sobre o que se conhece sobre o assunto e a apresentação de três estudos de caso. Os autores também propõem uma proposta de estratégia de desenvolvimento da área. Com 488 páginas e preço de R$ 120,00, o livro pode ser adquirido no site e lojas da Edusp e também em outras livrarias. A antropóloga Maritta Koch-Weser (foto), coordenadora do Grupo de Pesquisa Amazônia em Transformação: História e Perspectivas, é uma das personalidades homenageadas este ano com a Medalha "João Pedro Cardoso" de Meio Ambiente, principal honraria na área ambiental concedida pelo Governo do Estado de São Paulo. Os outros agraciados são Marina Silva, Maurice Strong e Fábio Feldman. A entrega das medalhas foi feita pelo governador Geraldo Alckmin no dia 19 de junho, durante a Rio+20, no Pavilhão de São Paulo no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
|
|||||||
EXPEDIENTE |
|||||||
UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO INSTITUTO DE
ESTUDOS AVANÇADOS contato, Para cancelar o envio, escreva "Retirar" no "Assunto" da resposta. |